A realidade do acolhimento ofertado a portadores de transtornos mentais dentro da atenção primária à saúde – uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.29327/2654312.1.1-3Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Transtorno Mental, AcolhimentoResumo
Introdução: Este estudo analisa o cenário de acolhimento ao paciente com transtorno mental na Atenção Básica a saúde nos últimos 15 anos, seus avanços e desafios. Objetivos: Analisar o impacto do acolhimento ao indivíduo portador de transtorno mental e sua família dentro do território, o papel do fortalecimento de vínculo no cuidado a estes pacientes e as dificuldades encontradas pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) Justificativa: Tratar deste problema com tamanha magnitude pode potencializar as ações de prevenção a comorbidades clínicas e psicopatológicas, melhorar o processo de inclusão social destes usuários e seus familiares, descongestionar a rede especializada, reduzir hospitalizações, otimizar as terapias medicamentosas e, consequentemente, amenizar os danos gerados pela doença mental. Metodologia: Pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa. Foram pesquisados artigos científicos e trabalhos acadêmicos publicados entre os anos 2005 e 2020 nas bases de dados Lilacs, Scielo, Google Acadêmico e Pubmed. Resultados e discussão: Os resultados evidenciaram a manutenção do modelo hospitalocêntrico, um cuidado fragmentado, pouco baseado nas necessidades do indivíduo, centrado na doença. Apontam as dificuldades enfrentadas como: falta de capacitação e interesse pelo tema, bem como o preconceito acerca dos transtornos mentais que perdura por parte profissionais. Conclusão: Estratégias efetivas para ampliar o atendimento integral aos pacientes com Transtorno Mental (TM), como o matriciamento e a valorização do tema nas universidades e escolas técnicas, mostram um importante caminho rumo a qualificação das equipes de APS, assim como a ampliação e humanização da assistência ao paciente portador de TM.
Referências
- FARINHUK, PS. Transtorno mental e sofrimento psíquico: representações sociais de profissionais da Atenção Básica à Saúde. Curitiba – PR, [2020].
- MOURA, RFS. Saúde Mental na Atenção Básica: Sentidos Atribuídos pelos Agentes Comunitários de Saúde. Brasília - DF, 2015.
- PEREIRA, AA.et al. Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção Básica. Belo Horizonte – MG, 2017.
- WAIDMAN, MAP. COSTA, B. PAIANNO, M. Percepções e atuação do Agente Comunitário de Saúde em saúde mental. Revista Escola de Enfermagem da USP. 17 de fevereiro de 2012.
- CAMPOS, RTO. et al. Avaliação da rede de centros de atenção psicossocial: entre a saúde coletiva e a saúde mental. Revista de Saúde Pública. 13 de maio de 2009;43 (Supl.1):16-22
- ALCÂNTARA, KD .et al. Contribuições de Agentes Comunitários de Saúde para a construção do perfil de usuários da Atenção Básica com necessidades de saúde mental. Itabuna – BA: Universidade Federal do Sul da Bahia, 2017.
- QUINDERÉ, PHD. Atenção à saúde mental no município de Sobral-CE: Interações entre os Níveis de Complexidade, Composição das Práticas e Serviços. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Acadêmico em Saúde Pública da Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2008.
- QUINDERÉ, PHD.et al. Construção do Modelo Assistencial em Saúde Mental na Composição das Práticas e dos serviços. Revista Saúde e Sociedade. [online], v. 19 - 2010.
- FIGUEIREDO, MD. Saude mental na atenção básica: um estudo hermenêutico-narrativo sobre o apoio matricial na rede SUS-Campinas (SP). Campinas, SP. Dissertação - Mestrado - Universidade Estadual de Campinas (Faculdade de Ciências Médicas); 2006.
- FRANCO, TB.et al. As Redes na Micropolítica do Processo de Trabalho em Saúde in Pinheiro & Matos “Gestão Em Redes” - UERJ-ABRASCO, Rio de Janeiro, 2006.
- CAMPOS, RO.et al. Saúde Mental na atenção básica à saúde de Campinas, SP: uma rede ou um emaranhado? Revista Ciência e saúde coletiva [online] – 2009.
Downloads
Publicado
Versões
- 2025-10-05 (2)
- 2025-05-21 (1)