Impacto na qualidade de vida dos pacientes com afasia após acidente vascular encefálico: uma revisão integrativa

Impacto na qualidade de vida dos pacientes com afasia após acidente vascular encefálico: uma revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29327/2335218.1.1-4

Palavras-chave:

Afasia, Qualidade de vida, Acidente Vascular Encefálico, Revisão

Resumo

O objetivo desta revisão foi discutir sobre o impacto na qualidade de vida dos sujeitos afásicos após o Acidente Vascular Encefálico (AVE). Foi realizada uma revisão integrativa de publicações científicas nas bases de dados SciELO, LILACS, Periódicos Capes e PubMed, com os descritores em português e inglês: afasia, qualidade de vida e Acidente Vascular Cerebral/Encefálico. Foram incluídos artigos que descrevem a afasia como sequelas após AVE ou histórias de dificuldades na reabilitação. Os estudos que atenderam aos critérios foram analisados segundo instrumento para revisão integrativa e, posteriormente, categorizados. Dos trinta e quatro artigos levantados, oito foram incluídos na revisão, havendo predominância de estudos qualitativos. Neste contexto, pode -se dizer que, diversas pesquisas que avaliavam a qualidade de vida, mostraram que a afasia é uma condição que impacta negativamente na qualidade de vida. Nos estudos, cujo foco foi o grau de comprometimento da fala, foram encontradas correlações importantes entre a melhora dos pacientes e a ativação de áreas cerebrais relacionadas à linguagem. A partir dos resultados descritos e dos objetivos formulados para este estudo, pode-se inferir que quanto mais grave for a lesão cerebral, maiores serão as repercussões na fluência e na cognição desses indivíduos. Assim, pode-se concluir que os pacientes tiveram prejuízos tanto em suas relações interpessoais, quanto em sua singularidade, tornando pessoas mais dependentes e menos ativas.

Referências

BAHIA, Mariana Mendes; CHUN, Regina Yu Shon. Qualidade de vida na afasia: diferenças entre afásicos fluentes e não fluentes usuários de Comunicação Suplementar e/ou Alternativa. Audiology Communication Research, n.4, p. 352- 359, set. 2014.

BENSEÑOR, Isabela M.; LOTUFO, Paulo A. Beyond the high mortality burden: targeting quality of life in Brazil. São Paulo Medical Journal (Revista Paulista de Medicina) [S.l: s.n.], 2002.

BUIL-COSIALES, Pilar et al. Association between dietary fibre intake and fruit, vegetable or whole-grain consumption and the risk of CVD: results from the PREvencion con DIeta MEDiterranea (PREDIMED) trial. British Journal of Nutrition, v. 116, n. 3, p. 534-546, 2016.

BULLIER, Bénédicte et al. New factors that affect quality of life in patients with aphasia. Annals of physical and rehabilitation medicine, v. 63, n. 1, p. 33-37, 2020.

CHIBA, Reina et al. Factors influencing quality of life in stroke patients: focus on eating habits. Journal of stroke and cerebrovascular diseases, v. 28, n. 6, p. 1623-1628, 2019.

COUDRY, Maria Irma Hadler; Freire, Fernanda Maria Pereira; Gomes, Tatiana de Melo. Sem falar, escrever e ainda sujeito da linguagem. Estudos Linguísticos, São Paulo, v. 35, p. 1375- 1384, 2006.

GIACHERO, A. et al. Conversational therapy through semi-immersive virtual reality environments for language recovery and psychological well-being in post stroke aphasia. Behavioural Neurology, v. 2020, 2020.

GROENEVELD, I. F. et al. Value-based stroke rehabilitation: feasibility and results of patient-reported outcome measures in the first year after stroke. Journal of Stroke and Cerebrovascular Diseases, v. 28, n. 2, p. 499-512, 2019.

HELM-ESTABROOKS, Nancy. Teste rápido linguístico cognitivo. San Antonio: Psychological Corporation, 2001.

KARIYAWASAM, Pramudika Nirmani; PATHIRANA, Kithsiri Dedduwa; HEWAGE, Don Chandana. Factors associated with health related quality of life of patients with stroke in Sri Lankan context. Health and Quality of Life Outcomes, v. 18, n. 1, p. 1- 10, 2020.

LEE, Hyejin et al. Community integration and quality of life in aphasia after stroke. Yonsei Medical Journal, v. 56, n. 6, p. 1694-1702, 2015.

MATTIOLI, Flavia. The clinical management and rehabilitation of post stroke aphasia in Italy: evidences from the literature and clinical experience. Neurological Sciences, v. 40, n. 7, p. 1329-1334, 2019.

MORATO et al. Sobre as afasias e os afásicos – subsídios teóricos e práticos elaborados pelo Centro de Convivência de Afásicos (Universidade Estadual de Campinas). Campinas: Unicamp, 2002.

NUNES, Henrique José Mendes; QUEIRÓS, Paulo Joaquim Pina. Patient with stroke: hospital discharge planning, functionality and quality of life. Revista Brasileira de Enfermagem, 70(2), p. 443-442, mar.2017.

PADUA, Antonio de Padua, et al. Stroke and ischemic heart disease mortality trends in Brazil from 1979 to 1996. Neuroepidemiology, São Paulo, 22(3):179-83, 2003.

PALMER, Jeffrey B.; DUCHANE, Ann S. Rehabilitation of swallowing disorders due to stroke. Physical Medicine and Rehabilitation Clinics of North America, n. 3, p. 529-546, ago.1991.

PARR, Susie. Psychosocial aspects of aphasia: whose perspectives? Folia phoniatrica et logopaedica, v. 53, n. 5, p. 266-288, 2001.

Downloads

Publicado

2023-04-19

Como Citar

1.
Maria Aguiar de Jesus Carneiro M, Silva Tagliaferre R de C, Bezerra Valverde B, Fonseca de Vasconcelos P. Impacto na qualidade de vida dos pacientes com afasia após acidente vascular encefálico: uma revisão integrativa. REBESBE [Internet]. 19º de abril de 2023 [citado 16º de outubro de 2025];1(1). Disponível em: https://rebesbe.emnuvens.com.br/revista/article/view/48

Edição

Seção

Artigos
Loading...