O uso de cigarro eletrônico entre os estudantes de medicina: uma análise geral
DOI:
https://doi.org/10.29327/2335218.1.4-4Palavras-chave:
tabagismo, Cigarro eletrônico, Acadêmico de Medicina, Dependência de substânciasResumo
O uso de tabaco no Brasil acompanhou a tendência mundial. Passou por séculos de grande intensificação no consumo até começar a sofrer uma redução drástica nos anos 80. No entanto, com o advento do cigarro eletrônico na última década, mesmo tendo sua fabricação e uso proibidos no Brasil pela não comprovação científica das promessas de menos agressivas à saúde, o índice de fumantes voltou a crescer em larga escala. Estudos sobre o tema vêm revelando uma incidência elevada de uso de cigarros eletrônicos dentre os estudantes do curso de medicina. Por esse motivo, o presente trabalho teve como objetivo analisar o uso de cigarro eletrônico entre os acadêmicos de medicina. A metodologia adotada foi uma revisão integrativa da literatura em fontes nacionais e internacionais publicados no período de 2004 a 2021. Como resultado, houve uma análise entre trabalhos realizados em universitários acadêmicos de medicina no Brasil, Paquistão, Arábia Saudita e Jordânia, que indicaram dados preocupantes onde as percepções desses jovens são que os cigarros eletrônicos são menos viciantes e menos prejudiciais à saúde em comparação ao cigarro convencional. Pode-se concluir que poucos estudantes de medicina têm conhecimento sobre cigarros eletrônicos tornando necessárias medidas preventivas e intervenções educacionais para corrigir equívocos sobre o uso desse produto. Também se faz necessária a intensificação de ações do poder público com medidas de fiscalização.
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